Santa Marta de Penaguião é uma vila portuguesa do Distrito de Vila Real, da Região Norte, da sub-região do Douro e da antiga província de Trás-os-Montes e Alto Douro, com cerca de 1 300 habitantes (2011).
É sede de um pequeno município com 69,28 km² de área e 7 356 habitantes (2011), subdividido em 7 freguesias.
O município é limitado a norte e leste pelo município de Vila Real, a sul pelo Peso da Régua e a oeste por Amarante.
Os terrenos de maior altitude constituem parte da Serra do Marão, que de Noroeste forma uma importante protecção natural.
A vila de Santa Marta de Penaguião tem a particularidade de, sendo sede do concelho, não ser sede da freguesia onde se situa (Lobrigos e Sanhoane).
Vasto e rico na sua história, cultura e tradições, cada vez melhor comunicado – com o IP4 a Noroeste e a A24 a nascente sul – honra a disponibilidade dos melhores visitantes, de modo compatível com os actuais padrões de qualidade.
A Lenda
Uma lenda é sempre uma lenda. Umas vezes, com algum fundamento histórico, outras vezes, nem por isso. Sobretudo as que pretendem explicar a origem de certos topónimos, ou localidades, eivadas de graciosa ingenuidade popular. E, por isso, curiosa, como a tão divulgada lenda de Santa Marta, que pretende fundamentar a nascença da localidade do mesmo nome.
É assim:
Certo e desconhecido cavaleiro francês, um tal Conde de Guillon que andou por estas terras, mandou queimar a capela de Santa Marta. Consumado o acto sacrílego, a Santa apareceu-lhe ditando o castigo: que plantasse uma vinha, e cuidasse dela. Arrependido e humilhado, nem quis ver a aparição e, curvado, tapou os olhos com as mãos, mas ao descobri-los, tinha a seus pés um corvo, ave profética e sagrada, de acordo com crenças antigas, símbolo do mau agoiro que pressente a morte com o seu grasnar.
O contrito conde cumpriu a dura penitência, e ficou cheio de alegria na hora da vindima, porque nunca tinha produzido nada na vida. Lembrou-se então de oferecer à Santa as uvas, fruto do seu suor, e em vez de um corvo, apareceram-lhe pombas brancas e um cordeiro, símbolos da pureza e da reconciliação. Estava perdoado. E, desde então, a localidade começou a ter o nome: Santa Marta de Pena Guillon. Que, segundo a tradução (e tradição) popular quer dizer “Santa Marta de Pena (castigo) Guillon” (traduzido para Guião).